Classe Lexington (cruzadores de batalha)

 Nota: Este artigo é sobre a classe original de cruzadores de batalha. Para a classe de suas conversões em porta-aviões, veja Classe Lexington (porta-aviões).
Classe Lexington

Desenho de Louise Larned em 1922 da versão final do projeto da Classe Lexington
Visão geral  Estados Unidos
Operador(es) Marinha dos Estados Unidos
Construtor(es) Bethlehem Shipbuilding
Newport News Shipbuilding
New York Shipbuilding
Estaleiro Naval da Filadélfia
Sucessora Classe Alaska
Período de construção 1920–1922
Planejados 6
Construídos 2 (convertidos em porta-aviões)
Cancelados 4
Características gerais
Tipo Cruzador de batalha
Deslocamento 45 354 t (carregado)
Comprimento 266,4 m
Boca 32,1 m
Calado 9,4 m
Maquinário 4 turbo-geradores
8 motores elétricos
16 caldeiras
Propulsão 4 hélices
- 176 800 cv (130 000 kW)
Velocidade 33 nós (61 km/h)
Autonomia 10 000 milhas náuticas a 10 nós
(19 000 km a 19 km/h)
Armamento 8 canhões de 406 mm
14 canhões de 152 mm
8 canhões de 76 mm
8 tubos de torpedo de 533 mm
Blindagem Cinturão: 127 a 178 mm
Convés: 38 a 57 mm
Torres de artilharia: 152 a 279 mm
Barbetas: 127 a 229 mm
Torre de comando: 305 mm
Tripulação 1 297 a 1 326

A Classe Lexington foi uma classe de cruzadores de batalha planejada pela Marinha dos Estados Unidos, composta pelo Lexington, Constellation, Saratoga, Ranger, Constitution e United States. Pedidos por cruzadores de batalha foram feitos desde 1911 em resposta à Classe Kongō da Marinha Imperial Japonesa, porém isto foi negado pelo Congresso dos Estados Unidos por motivos políticos. O que se tornaria a Classe Lexington foi finalmente aprovado em 1916, porém suas construções foram adiadas devido ao andamento da Primeira Guerra Mundial em favor de outras embarcações consideradas mais importantes. Durante este período seu projeto acabou sendo modificado várias vezes.

O projeto foi realizado pelo Escritório de Construção e Reparo da Marinha, que enfrentou dificuldades consideráveis em combinar as exigências ideais de poder de fogo, velocidade e proteção. Seu armamento originalmente seria de dez canhões de 356 milímetros, mas acabou alterado para oito armas de 406 milímetros a fim de permitir melhor blindagem e poder de fogo. A velocidade necessitaria de um sistema de propulsão de tamanho inédito em um navio capital norte-americano, demorando anos entre o projeto inicial e final para que a tecnologia de motores e caldeiras se desenvolvesse o suficiente para que o sistema ficasse compacto o bastante para permitir um nível prático de proteção.

Os cruzadores de batalha da Classe Lexington, como originalmente projetados, seriam armados com oito canhões de 406 milímetros montados em quatro torres de artilharia duplas. Teriam um comprimento de fora a fora de 266 metros, boca de 32 metros, calado de nove metros e um deslocamento carregado de mais de 45 mil toneladas Seus sistemas de propulsão seriam compostos por dezesseis caldeiras a óleo combustível que alimentariam quatro turbo-geradores, que por sua vez proporcionavam energia para oito motores elétricos até uma velocidade máxima de 33 nós (61 quilômetros por hora). Os navios teriam um cinturão principal de blindagem com 127 a 178 milímetros de espessura.

A construção dos navios finalmente começou em 1920 e 1921 depois do fim da guerra, porém eles foram cancelados em fevereiro de 1922 depois dos Estados Unidos ter assinado o Tratado Naval de Washington. Os termos do tratado permitiam a conversão de duas embarcações em construção para porta-aviões, com o Lexington e o Saratoga sendo escolhidos pois eram os dois que estavam com suas obras mais adiantadas. Suas conversões foram finalizadas em 1927 e os dois se tornaram membros da Classe Lexington de porta-aviões. As quatro embarcações restantes foram vendidas como sucata em 1923 e desmontadas em suas rampas de lançamento pelos anos seguintes


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